sábado, 5 de setembro de 2009

Sejam Bem-Vindos!



"A maior aventura de um ser humano é viajar,e a maior viagem que alguém pode empreender é para dentro de si mesmo. E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro, pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros, mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas e descobrir o que as palavras não disseram..."
"Augusto Cury"



Aqui você poderá viajar no Mundo Literário á partir das Análises dos trabalhos literários dos alunos do 1 Ano B do Instituto Francisco de Assis.
Adriane Ramos e Thaísa Mello

Gabriel Soares de Sousa – Uma pequena enciclopédia sobre o Brasil

Sobre o autor: Gabriel Soares de Sousa, integrou a expedição de Francisco Barreto que tinha a África como destino e tinha escala pela Bahia, mas se apaixonou pelo Brasil e nele permaneceu, não continuou a expedição. Tornou-se senhor de engenho e vereador, em 1584 voltou à Europa e permaneceu durante seis anos, regressou à Bahia em 1591 nomeado capitão-mor do Rio São Francisco, organizou então uma bandeira que partiu para o sertão onde morreu.

A carta: Tratado descritivo do Brasil em 1587 tem o objetivo de informar o rei de Portugal sobre as possibilidades econômicas da colônia. O autor fala sobre os aspectos políticos, a natureza e principalmente os índios, dos índios fala um pouco sobre seus costumes. Como a relação do piloto anônimo, Gabriel aponta como data do descobrimento 25 de Abril de 1500.

Fernão Cardim – O Brasil em Tópicos

Sobre o autor: O padre Jesuíta Fernão Cardim nasceu em Viana de Alierto, Portugal, em 1548 ou 1549. Em 1583 acompanhou o padre Cristóvão Gouveio na viagem ao Brasil. Em 1598 partiu para a Europa após ter sido eleito procurador da província do Brasil. Em 1604 Cardim voltou ao Brasil e permaneceu muitos anos em Salvador, morreu em 1625 em Abrantes.

A carta: Em “Tratados da terra e gente do Brasil” Cardim traz valiosas informações dobre a flora e fauna brasileira. Sobre a fauna ele fala sobre: As árvores de frutos como mangaba, acajú, macuoé, araçá, ombu, jaçapucaja, araticu, pequeá, jabuticaba; as árvores que tem água que ficam nos campos e o sertão do Brasil; das árvores que servem para madeira como pau brasil, pau santo, paus de cheiro e outros de muita estima; das ervas que são frutos e se comem como mandioca, mamá, pacoba, maracujá. Sobre os animais, ele fala sobre os cavalos, vacas, porcos, ovelhas, galinhas, perus, cães.

José de Anchieta - A prosa e o verso de "Apóstolo do Brasil"

Sobre o autor: José de Anchieta nasceu Tenerife, Ilhas Canárias, 1534. Em 1553, na condição de noviço veio trabalhar no Brasil com o segundo governador geral, Duarte da Costa. Foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1980. Por sua sensibilidade humana e dedicação religiosa Anchieta ficou como exemplo de vida. Em Piratininga junto com Manuel de Nóbrega abriu um colégio para indigenas e afirmou acordos de paz com eles. Além do trabalho religioso, Anchieta escreveu muitos autos teatrais com finalidade catequética.
A carta: A Santa Inês é um poema de José de Anchieta, recurso didático que teve função que catequização. As poesias de Anchieta foram uma forma de poder transmitir a fé adotada por ele. O poema fala de Santa Inês que era uma jovem romana que foi decapitada por ter se recusado a perder a virgindade, esta é considerada o símbolo e a guardiã da castidade cristã.
A segunda carta: Na carta do padre geral, Anchieta relata o trabalho dos jesuítas no Brasil, descrevendo a imposição da religião aos indígenas, do esforço e do trabalho de levar a palavra aos enfermos de várias povoações tanto de índios como de portugueses, além de batizar e trazer a palavra aos enfermos, os jesuítas com frequência atuavam como enfermeiros ou médicos. Anchieta conta sobre a dificuldade de chegar a essas vilas e fala um pouco também de seus pacientes indígenas. Durante toda a crônica ele fala sobre as aventuras da catequização e as dificuldades enfrentadas, principalmente com os índios do sertão.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pero de Magalhães Gândavo - "A primeira obra historiográfica"

Sobre o autor: Pero de Magalhães Gândavo nasceu na cidade de Braga em Portugal, era especialista em latim e português. Gândavo foi nomeado provedor-mor no Brasil onde permaneceu durante seis anos e depois retornou a Portugal, se tornou nosso primeiro historiador e foi o primeiro autor português a publicar um livro sobre o Brasil: "A história da província de Santa Cruz", este livro incentivou a imigração do Brasil.

A carta: Primeiramente Gândavo relata a viagem de Pedro Álvares Cabral e ressaltando seu ponto de vista sobre o nome da colônia que deveria se chamar Província de Santa Cruz e não Brasil, porque este foi o nome dado pelo "descobridor" à nova terra, além disso Gândavo fala sobre as 8 capitanias brasileiras. Gândavo faz uma grande propaganda sobre a terra, descrevendo o conforto dos cidadãos e que todos ou quase todos tem suas terras de sesmarias dadas e repartidas pelos capitães e governantes da terra, para começarem a produzir logo que adquirirem escravos. Todos os moradores são bem de vida, e a vida que levava era muito melhor que a de Portugal. E como ele ressalta, quando um pobre chegava, os moradores ajudavam-no, pois nenhum pobre anda pelas portas a mendigar como nos outros reinos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Hans Standen - A colônia em ritmo de aventura

Sobre o autor: Nasceu em Hessen, Alemanha. Viajou duas vezes ao Brasil, a primeira em 1547 e a segunda em 1550. Na segunda viagem pretendia fundar um povoado na Costa da Ilha de Santa Catarina e outra na Costa do Rio da Prata. Seu navio naufragou em Itanhaém, mas sobreviveu. Em 1553, Hans foi nomeado condestável da fortaleza de Bertiogo por Tomé de Sousa. Um ano depois foi aprisionado pelos tupinambás ameaçado de morte e de ser devorado num ritual da tribo, conseguiu adiar sua morte e depois de dois meses de aprisionamento foi resgatado por um navio francês e voltou para a Alemanha.

A obra: Hans Standen em viagem ao Brasil faz uma fantástica descrição sobre o canibalismo e o casamento indígena. Ele foi mantido preso, engordado para ser comido, porém foi salvo por um navio francês. Enquanto estava aprisionado Standen presenciou cerimônias onde os índios matavam e comiam seus inimigos e relata em detalhes as etapas da cerimônia. Na carta Standen também conta como eles o trataram quando chegou. Diz Standen que foi espancado por mulheres logo quando chegou na aldeia. Além disso, ele fala da vida dos índios com suas mulheres e filhos.

Jean de Léry - Um pioneiro da antropologia

Sobre o autor: O francês Jean de Léry, artesão e estudante de teologia viajou ao Brasil para estabelecer na colônia francesa fundada por Villegoignon. Permaneceu no Brasil por dois anos, onde conviveu com os índios, observando e estudando seu estilo de vida.

A carta: Título original "Narrativa de uma viagem feita do Brasil". O documento foi escrito 18 anos após a passagem de Jean no Brasil e publicada em 1578, foi traduzida para o holandês, alemão e o latim. Na carta, Jean relata os costumes, crenças e modo de vida dos "estranhos" habitantes da terra (índios), trazendo informações valiosas. Jean, se infiltrou na aldeia dos índios, tornando-se assim amigo dos mesmos, e relatou nesta carta tudo que ele viveu e aprendeu com eles. Além de relatar sobre os índios, ele fala sobre animais e plantas que havia no Brasil.

André Thevet - A visão singular de um católico francês

Sobre o autor: Nasceu em Angoulême em 1502, formou-se como frade, e em 1555 embarcou para o Brasil para tentar estabelecer uma colônia francesa, que ficou conhecida como França Antártica, morreu em 1590 em Paris.

A carta: França Antártica foi uma colônia francesa no Brasil, André Thevet descreve na carta o que aconteceu durante sua viaje, e o que mais chamou a sua atenção, que foram os índios e a flora brasileira. Na verdade a carta tem 83 capítulos e a grande maioria se refere ao Brasil. A carta apresenta a viagem do autor, desde a partida da França, até o retorno ao país. Em cronistas do descobrimento, são contadas três capítulos desta carta, que traz informações importantes sobre a cultura indígena, destacando a "barbaridade" dos índios.
"(...) Esta terra foi e é ainda habitado por gente prodigiosamente estranha e selvagem, sem fé, sem lei, sem religião, sem civilidade nenhuma, que vive como animais irracionais (...)". Além de falar sobre a cultura indígena, Thevet ressalta com muito interesse a flora brasileira, tendo um grande interesse na árvore chamada pacoveira.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Manuel da Nóbrega - Em defesa das almas indígenas

Sobre o autor: Manuel da Nóbrega nasceu em 18 de outubro de 1517. Tinha o título de bacharel em Direito Conônico. Era membro da companhia de Jesus, foi enviado pelo provincial dos jesuítas de Portugal, para acompanhar a expedição de Tomé de Sousa e desenvolveu um trabalho missionário para a evangilização dos indígenas. Morreu em 18 de outubro de 1570 no Rio de Janeiro.

As cartas: A primeira carta de Nóbrega foi escrita no início do mês de abril de 1549 e é titulada "Carta ao padre mestre Simão Rodrigues de Azevedo". A carta relata a imposição da religião aos indígenas, começaram pregando, ensinando as crianças a ler e escrever. Para esta envagelização os jesuítas também aprendendo a lingua indígena. Vale lembrar que eles pregavam também contra as crenças daquele povo, como o canibalismo, e o fato de um índio . Os jesuítas buscaram ajuda dos brancos que já viviam na Bahia, como Diogo Álvares, conhecido pelos indios como Caramuru. A outra carta de Nóbrega se chama "Diálogo sobre a conversão do gentio", é escrita em forma de diálogo onde discute os aspectos morais e religiosos da relação entre portugueses e índios, defendendo a idéia de que o índio não deveria ser escravizado, já que este tem alma como os cristãos e todos são iguais perante a Deus.

Pero Lopes de Sousa - A conquista e a posse

Sobre o autor: Irmão mais novo de Martim Afonso de Sousa veio ao Brasil em 1530. Sua expedição tinha o objetivo de defender o território e dar o primeiro passo à colonização. Em 1539 quando voltava a Portugal, seu navio naufragou perto da ilha de Madagascar.

A carta: Escrita como diário de navegação, a carta relata os acontecimentos da expedição de Martim Afonso de Sousa, as aventuras que enfrentaram ao longo da viagem, as lutas contra os franceses para proteger o território e a exploração da terra. Pero Lopes de Sousa não deixou de ressaltar a beleza das mulheres indígenas e a disposição dos homens, e ainda as suas crenças e a sua cultura, como o canibalismo e as cerimônias. Enfim, este texto documenta o dia-a-dia da expedição de Martim Afonso de Sousa que tinha por objetivo a posse do território.

Pero Vaz de Caminha - A certidão de nascimento do país

O autor: Pero Vaz de Caminha era filho de Vasco Fernandes Caminha, fidalgo e escrivão ligado aos empreendimentos ultramarinos. Não se sabe o porquê de caminha ser nomeado escrivão, mas o cargo revela confiança da corte. Pero Vaz de Caminha morreu em combate na Índia, em um dia ignorado de Dezembro de 1500.

A carta: O objetivo da carta é de dar as primeiras informações ao rei D. Manuel I, sobre o que foi encontrado aqui. É conhecida como certidão de nascimento do Brasil, já que foi o primeiro texto literário onde relata o "nascimento" do Brasil. A carta relata desde o começo da viagem, em 9 de Março até o momento que deixam o Brasil em 2 de maio.
Pero Vaz de Caminha escreve a primeira visão do europeu sobre a terra e seus moradores, demonstrando o choque cultural, a cobiça portuguesa e a imposição da religiosidade.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cronistas Do Descobrimento

Sobre o livro: O livro Cronistas do Descobrimento é uma antologia organizada por Antônio Carlos Olivieri e Marco Antonio Villa, onde é apresentando um panorama dos textos produzidos pelos cronistas do século XVI. O livro traz 12 obras, onde nos traz informações sobre os primeiros contatos dos europeus com o território brasileiro e com os povos indígenas, trazendo fatos sobre o nascimento do Brasil. É à partir desses fragmentos históricos contados por aqueles que viveram e presenciaram os acontecimentos podemos conheçer a história do nosso país.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Paralelo entre o filme Caramuru e a Relação do piloto Anônimo


Tanto a Relação do Piloto Anônimo quanto O filme Caramuru, relata a história da chegada dos Portugueses no Brasil.
O filme de uma forma bem divertida mostra a vida dos indígenas nesta terra, com seus costumes e suas crenças, demonstra também a faúna e a flora brasileira, tal como o piloto Anônimo relatou na sua carta de descobrimento.
A carta, ainda fala dos degredados, que foram trazidos para serem abondonados no Brasil, como se passa no filme.
Naquela epóca, os portugueses que não obedeciam as leis, iam nas expedições para serem abondonados por onde as frotas passarem.
Assim, o Filme e a Carta traz informações preciosas sobre a história do nosso país. Vale a pena ler o livro e assistir o filme.